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Cultura: Por que e para quem?

A cultura permeia nossas vidas de maneiras diversas e é um conceito amplo, com interpretações variadas dependendo da corrente de pensamento. Este artigo aborda a presença constante do termo em diferentes contextos, desde a aprendizagem escolar até discussões online.


Na foto: Violonista Welton Nadai no projeto Violão na Escola.


Ao explorar o campo dos Estudos Culturais, iniciados nos anos 60 por Raymond Williams, destaca-se a dicotomia entre "alta cultura" e "baixa cultura". Esses termos, originados na Europa entre os séculos XIII e XIX, referiam-se aos clássicos da Grécia e Roma antiga, associados às elites dominantes. A cultura popular e de massa surgiram como oposição ao erudito, influenciando percepções contemporâneas sobre superioridade cultural.


A cultura muitas vezes é utilizada como sinônimo de sabedoria e refinamento, vinculando-se a títulos universitários e volume de leituras. Essa abordagem classificatória pode se tornar discriminatória, perpetuando a ideia de superioridade cultural. No entanto, em países como o Brasil, rico em diversidade, é impossível apontar culturas superiores, pois cada região contribui com manifestações culturais únicas.


O antropólogo Roberto DaMatta destaca a complementaridade das relações culturais, afirmando que um carnavalesco e um religioso não podem ser classificados como superiores ou inferiores. Cultura, para ele, é um mapa que reflete como as pessoas pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas. Assim, a cultura se revela como uma ferramenta crucial para compreender as diferenças entre sociedades e indivíduos, proporcionando um meio de navegar e interpretar o mundo ao nosso redor.


Veja o artigo completo em:

https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/cultura-por-que-e-para-quem/

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